quarta-feira, 26 de setembro de 2012

En passant

        Com o passar de todo esse tempo, tão extenso e tão curto ao mesmo tempo, tenho percebido o quão louca a vida é e, talvez em até maior intensidade, quão loucos somos nós.
        Sou sempre turbulência e meu sorriso é fácil de se transformar em "cara de abuso". Me canso das pessoas e das coisas e tão sorrateiramente me afasto, deixo que vá, siga um outro ciclo que não me envolva. Às vezes acontece por motivos bem fúteis e irrelevantes, coisas que dão na cabeça da gente e que nos fazem tomar essas decisões repentinas.
        E o que a gente sente? Vai e volta, se torna maior, se acaba. Acho que o sentimento é algo meio bipolar, tripolar, polipolar. Ou talvez eu que seja assim, meio desvairada.
        Aí, lendo umas coisas, me deparei com algo que Thoreau disse e que faz muito sentido:
        "Que tipo de espaço é o que separa um homem de seus semelhantes e o torna solitário? Descobri que nenhum movimento das pernas pode aproximar muito uma mente da outra. De que preferimos viver perto?"
        Estou nesse tempo de tentar entender de quem e de que prefiro viver perto. Talvez esteja cansada de um bocado de coisas e queira me ater a pessoas um pouco mais firmes, um pouco mais "redoma".
       É por aí.

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