quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

fênix

erro
um em cima do outro
um atrás do outro
um mix de erros
e minha mente pedindo a liberdade de uma fênix
a possibilidade de chamuscar e nascer de novo
de ser de novo
de ter paz
de não sentir o coração pesar como se fosse uma pedra
como se fosse concreto

[mil perdões
a mil pessoas
por eu não conseguir ser
nada além do que tenho sido]

domingo, 7 de dezembro de 2014

oco

pensamento vazio
oco
branco

a lama
meu café frio
tudo dói

penso que quero
de volta
penso que não quero
nunca mais

sei que ele sofre
e que cada pedaço e cada caco de mim
hoje chora

pela primeira vez
eu
confeccionando minha cicatriz

acre o dia
acre a noite
mil vontades

os sonhos
todos
estilhaçados

será
a
decisão
certa
?

será
eu
arrancando
meu
sorriso
pra sempre?

demônio
de
mim mesma

corpo meu
que é teu
já não mais...
agora jaz

linha de pensamento
que desenha
linhas bêbadas

ando chovendo
mais
do que deveria

antes era tudo
TÃO
doce
e agora nada

o que houve, meu bem? o que nós fizemos? o que estou fazendo agora? o que resta? que dor é essa? o que impede? cadê teu cheiro? teus braços? abraços? por que não fazem mais sentido? onde foi que tudo se desencontrou? onde foi que a vida tropeçou? em que ponto exato a gente errou? aliás... existe exato?

meu erro provavelmente foi morrer ao seu lado.

perdão.

um perdão trôpego.